Sabemos que água é o combustível do corpo. Nosso corpo é composto 75% por água. Ando sempre com a minha garrafinha na bolsa. Mas aí entra uma questão importante: será que deveríamos tomar água das garrafinhas que compramos no mercado?
No Brasil, todos os anos são produzidas 374 mil toneladas de garrafas plásticas: 9 bilhões de unidades. Mais de 50% irão acabar nos lixões. Os impactos da fabricação e uso de garrafas desse tipo vão desde a destruição do meio ambiente a problemas seríssimos de saúde para adultos e crianças.
5 motivos para você não comprar mais garrafinhas plásticas de água e nem consumir água delas:
- Meio ambiente – você sabia que as garrafas plásticas podem ficar até 400 anos na natureza para se decompor? Quando se fala de garrafas plásticas, estamos falando de um produto, na teoria, descartável (leia adiante para entender melhor). Dessa maneira, estamos produzindo um material que impactará significativamente o meio-ambiente. As garrafas depositadas no fundo dos mares e oceanos acabam, durante o seu processo de decomposição, se transformando em microplástico, ou seja, pequenas partículas plásticas que são poluentes e tóxicas, sendo responsáveis por matar milhares de animais ao redor do mundo quando esses confundem essas partículas com comida.
- Reciclagem – mas, então é simples: é só reciclar, certo? Infelizmente não é tudo tão lindo como imaginamos. Além de o processo de reciclagem ser caro e impactar o meio ambiente de maneira negativa (são necessários milhões e milhões de litros de água e de quilowatts em energia elétrica) nem todas as cidades do país fazem coleta seletiva e reciclagem (as empresas de reciclagem se concentram em 80% na região sudeste) e, com isso, estima-se que menos de 50% das garrafas plásticas sejam descartadas corretamente. A outra metade é jogada nas ruas, nos rios, nos córregos e em aterros sanitários, entupindo bueiros, causando enchentes e contribuindo para a poluição e para a degradação do solo e morte de animais como vimos acima. São 4,7 bilhões de garrafas plásticas descartadas na natureza!
- Acúmulo de bactérias – você pode estar pensando: então, se reciclar não é uma opção em todos os lugares, eu posso reaproveitar minha garrafinha plástica e tudo resolvido, certo? Errado! Quando foi a última vez que você lavou a garrafinha plástica que você usa na academia? Ou aquela que fica no seu carro? Ao reutilizar garrafinhas você corre grande risco de contaminação bacteriana. As garrafinhas são um ambiente fechado e úmido e em constante contato com as mãos e bocas, ou seja, um local perfeito para bactérias se procriarem e se proliferarem. Um estudo realizado no Canadá com estudantes que reutilizavam garrafinhas plásticas constatou que 64,4% de garrafinhas reutilizáveis estavam contaminadas. Bem, pensando assim…. Então, é só lavar a garrafinha?
- Bisfenol-A – não. Existe um fator, talvez o mais importante para nós humanos que é a contaminação por Bisfenol-A (o BPA). Você já deve ter ouvido falar dele. Ele é um componente tóxico que está presente nas garrafinhas de água que consumimos. O BPA é um desregulador endócrino que afeta o funcionamento da tireoide e está associado à síndrome do ovário policístico, resistência à insulina e à obesidade em crianças e adultos. Quando sua garrafinha de plástico é submetida a altas temperaturas, a liberação de BPA se multiplica, tornando aquela água que você está consumindo, tóxica. E não adianta você dizer que protege sua garrafinha do sol dentro do carro, pois vamos lá: moramos num país tropical, você já parou para pensar que, até chegar às lojas ou mercados, elas são transportadas em caminhões provavelmente sem geladeira ou qualquer tipo de controle de temperatura e ficam expostas ao sol e calor, sabe-se lá por quanto tempo? A água daquelas garrafinhas quando chega às prateleiras, já está contaminada!).
- BPA-free – agora encontramos a solução! Parece que nem tanto… BPA é apenas um dos muitos compostos químicos prejudiciais à nossa saúde. Um estudo recente indica que os componentes usados em substituição ao BPA podem ser tão prejudiciais quanto, se não mais prejudiciais que o BPA. O problema é que não existem pesquisas suficientes para garantir a segurança desses compostos químicos substitutos. Acredite ou não, para a FDA (Anvisa dos Estado Unidos), “um composto químico é considerado seguro até que se prove o contrário”- leia mais aqui. Um teste realizado na Universidade Estadual de Nova York e liderado pela Orb Media, organização jornalística sem fins lucrativos, examinou garrafas compradas em nove países diferentes, de cinco continentes, encontrou micropartículas de plástico em todas as garrafas analisadas. Impressionante, não?
Mas todos os tipos de plásticos são ruins? A verdade é que nem todos são péssimos. Mas minha recomendação é que se for para a conservação de alimentos, que sejam substituídos. Acesse aqui para conhecer um pouco mais sobre o que os números e siglas indicados no fundo das garrafas e recipientes plásticos significam e quais são os mais perigosos e os mais seguros.
Bem, você já entendeu então que seja pela saúde (sim, por favor!!) ou pelo meio ambiente (também né!), o ideal é não comprar mais garrafinhas de água no supermercado e nem mesmo reutilizá-las, certo?
Mas… Se não devo comprar garrafinhas de plástico, o que devo fazer então?
A solução é simples e que, se adotada por boa parte da população (idealmente toda!), trará benefícios de saúde para todos e equilíbrio maior ao meio-ambiente:
Que tal substituir suas garrafinhas plásticas por garrafas de vidro?
E o que fazer com a coleção de garrafinhas que você tem hoje em casa?
Seguem aqui algumas ideias para reaproveitar suas garrafas plásticas:-) http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/meio-ambiente/reciclagem-garrafas-pet.php
Ah, essa aí da foto comprei na Paccoby. Indico porque achei legal esta proteção em volta dela. Principalmente para as crianças, minimiza o risco de acidentes!
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